Igreja São Miguel Arcanjo, S.Miguel das Missões
Uma das primeiras manifestações de traços barrocos, misturado embora ao estilo gótico e românico, pode ser encontrada na arte missionária dos Sete Povos das Missões na região da Bacia do Prata. Ali se desenvolveu, durante um século e meio, um processo de síntese artística pelas mãos dos índios guaranis, com base em modelos europeus ensinados pelos padres missionários. As construções desses povos foram quase totalmente destruídas. As ruínas mais importantes são as da missão de São Miguel, em Sete Povos das Missões.
Os Jesuítas e os Guaranis criaram as Missões entre 1609 e 1768, nas florestas da América do Sul. Era uma sociedade fraternal e nela reinava o espírito de comunidade. Havia leis e uma organização pautada no sentimento de união e no compromisso de todos se esforçarem pelo aperfeiçoamento de seus ofícios e artes, necessários ao bom convívio.
Havia abundância de tudo: água, alimento, com que construir abrigos. Havia a sabedoria dos jesuítas e a vontade de aprender dos índios. Foram 30 as Reduções situadas entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em cada uma delas viviam até 7.000 índios, com a administração da vida religiosa e econômica sob a responsabilidade de dois padres, quase sempre europeus.
Os Iluministas franceses ficaram encantados com o tipo de vida nessas comunidades. Seria a Sociedade Ideal. Muito bom para durar. Logo a política se meteu e vieram tratados, cobiça, guerras, intrigas, tudo culminando com a supressão da Ordem Jesuíta, o que acabou de vez com o sonho que os Iluministas julgaram possível.
As ruínas que sobraram depois de tantas batalhas, e do abandono, são justamente as da Igreja de São Miguel Arcanjo, que podem ser visitadas em São Miguel das Missões, capital dos Sete Povos das Missões, RS.
Fonte: O Globo On Line- Blog do Noblat
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