sábado, 31 de janeiro de 2009

" ORAÇÃO "


Oração de Irmã Cipriana no livro " No Mundo Maior " de André Luiz :


Senhor Jesus,

Permanente inspiração de nossos caminhos,

Abre-nos, por misericórdia,

Como sempre,

As portas excelsas

De tua providência incomensurável...


Doador da Vida,

Acorda-nos a consciência

Para semearmos a ressurreição

Nos vales sombrios da morte;


Distribuidor do Sumo Bem,

Ajuda-nos a combater o mal

Com as armas do espírito;


Príncipe da Paz,

Não nos deixes indiferentes

À discórdia

Que vergasta o coração

De nossos companheiros sofredores;


Mestre da Sabedoria,

Afugenta para longe de nós

A sensação de cansaço

À frente dos serviços

Que devemos prestar

Aos nossos irmãos ignorantes;


Emissário do Amor Divino,

Não nos concedas paz

Enquanto não vencermos

Os monstros da guerra e do ódio,

Cooperando contigo,

Em sua augusta obra terrestre;


Pastor da Luz Imortal,

Fortatece-nos,

Para que nunca nos intimidemos

Perante as angústias e desesperos das trevas;


Distribuidor da Riqueza Infinita,

Supre-nos as mãos

Com teus recursos iliminatos,

Para que sejamos úteis

A todos os seres do caminho,

Que ainda se sentem minguados

De teus dons imperecíveis;


Embaixador Angélico,

Não nos abndones ao desejo

De repousar indebitamente,

E converte-nos

Em teus sevidores humildes,

Onde estivermos;


Mensageiro da Boa-Nova,

Não permitas

Que nossos ouvidos adormeçam

Ao coro dos soluços

Dos que clamam por socorro

Nos círculos do sofrimento;


Companheiro da Eternidade,

Abençoa-nos as responsabilidades e deveres;

Não nos relegues à imperfeição

De que ainda somos portadores!


Dá-nos, amado Jesus, o favor de servi-Te

E que o Supremo Senhor do Universo Te glorifique


Para sempre.

Assim seja!...

"MOMENTOS DA ARTE"


Igreja São Miguel Arcanjo, S.Miguel das Missões

Uma das primeiras manifestações de traços barrocos, misturado embora ao estilo gótico e românico, pode ser encontrada na arte missionária dos Sete Povos das Missões na região da Bacia do Prata. Ali se desenvolveu, durante um século e meio, um processo de síntese artística pelas mãos dos índios guaranis, com base em modelos europeus ensinados pelos padres missionários. As construções desses povos foram quase totalmente destruídas. As ruínas mais importantes são as da missão de São Miguel, em Sete Povos das Missões.

Os Jesuítas e os Guaranis criaram as Missões entre 1609 e 1768, nas florestas da América do Sul. Era uma sociedade fraternal e nela reinava o espírito de comunidade. Havia leis e uma organização pautada no sentimento de união e no compromisso de todos se esforçarem pelo aperfeiçoamento de seus ofícios e artes, necessários ao bom convívio.

Havia abundância de tudo: água, alimento, com que construir abrigos. Havia a sabedoria dos jesuítas e a vontade de aprender dos índios. Foram 30 as Reduções situadas entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em cada uma delas viviam até 7.000 índios, com a administração da vida religiosa e econômica sob a responsabilidade de dois padres, quase sempre europeus.

Os Iluministas franceses ficaram encantados com o tipo de vida nessas comunidades. Seria a Sociedade Ideal. Muito bom para durar. Logo a política se meteu e vieram tratados, cobiça, guerras, intrigas, tudo culminando com a supressão da Ordem Jesuíta, o que acabou de vez com o sonho que os Iluministas julgaram possível.

As ruínas que sobraram depois de tantas batalhas, e do abandono, são justamente as da Igreja de São Miguel Arcanjo, que podem ser visitadas em São Miguel das Missões, capital dos Sete Povos das Missões, RS.


Fonte: O Globo On Line- Blog do Noblat

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

" FOME E DESNUTRIÇÃO INFANTIL "



Fórum da ONU sobre alimentação em Madri pode perder foco


MSF e Ação Contra a Fome pedem que medidas concretas sejam implementadas para combater desnutrição infantil

23/01/2009 – Se o Fórum das Nações Unidas para a Alimentação não resultar na implementação concreta de um plano contra a desnutrição, 55 milhões de crianças com menos de cinco anos vão continuar a enfrentar a desnutrição severa, alertou nesta sexta-feira as organizaçãoes Médicos Sem Fronteiras (MSF) e Ação Contra a Fome Internacional (ACF). Enquanto os preços globais dos alimentos caíram para os níveis de 2006, a desnutrição infantil - causada pela falta de alimentos ricos em nutrientes, vitaminas e minerais – continua a ceifar vidas de quase dez mil crianças por dia. Hoje, a forma mais mortal da desnutrição severa pode ser tratada de maneira eficaz, mas apenas uma entre dez crianças afetadas recebe o tratamento recomendado pela ONU com alimentos terapêuticos ricos em nutrientes e prontos para o uso (RUF, na sigla em inglês). Como um primeiro passo, as duas ONGs pedem que o Fórum garanta que todas as crianças gravemente desnutridas sejam tratadas até 2012. "Se Ban Ki-moon e José Luis Zapatero querem que esse Fórum seja mais do que apenas um local de discussões, eles devem insistir para que haja mudanças na ajuda alimentar e que um novo mecanismo seja criado para dar apoio aos 50 países mais afetados pela desnutrição, de modo a combatê-la", defende Stéphane Doyon, chefe da equipe de Nutrição de MSF.Apesar dos avanços na Ciência Nutricional, a ajuda alimentar nacional e internacional em sua maioria ainda consiste em pouco mais do que cereais com mingau, de farinha ou de arroz, o que equivale a pão com água. A combinação não atende o mínimo nutricional necessário para crianças com entre seis meses e três anos de idade, que estão em um estágio crítico de desenvolvimento. “Governos nacionais, doadores e a Organização Mundial de Saúde (OMS) precisam urgentemente por para funcionar novas políticas e financiamentos para implentar novos padrões de ajuda alimentar", afirma Olivier Longué, diretor da ACF na Espanha. "Não podemos continuar a oferecer ajuda alimentar que não daríamos a nossos próprios filhos". Alimentos ricos em nutrientes para crianças vão fazer com que os programas de nutrição fiquem mais caros. MSF e a ACF estimam que três bilhões de euros são necessários imediatamente para combater, de maneira adequada, a desnutrição infantil em todo o mundo. “Esse dinheiro será gasto corretamente. Se oferecermos a alimentação apropriada, nós podemos evitar que milhões de crianças venham a sofrer de desnutrição severa aguda", defende Olivier Longué. “Sem um compromisso concreto de combater a desnutrição, as Metas de Desenvolvimento do Milênio 1 e 4, cujo objetivo é reduzir o número de pessoas afetadas pela fome e a mortalidade infantil, nunca serão alcançados. Combater a fome e a desnutrição são prioridades indiscutíveis para a Humanidade. A nutrição correta é um direto básico para a dignidade humana". Apesar de as Nações Unidas terem criado um Plano de Ação Global em julho, ainda não existem mecanismos para dar apoio aos países que estão implementando programas de nutrição. “Se um país quer combater HIV/Aids ou malária, eles sabem onde procurar apoio técnico e financeiro", conta Stéphane Doyon. “Para combater a desnutrição infantil, não existe um apoio deste tipo hoje". Durante os anos de 2006 e 2007, MSF e ACF trataram mais de 380 mil crianças desnutridas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ENCONTRO MARCADO


Reunião mensal " Encontro Marcado " dia 29 de janeiro de 2009.

Uma mensagem de Bezerra de Menezes para nossas almas queridas que nos antecederam no mundo espiritual.



A Desencarnação e a Lei

Autor: Bezerra de Menezes


Para os Planos Espirituais, a desencarnação, tão temida na Terra é simplesmente, a transferência de plano, mudança de habitação.

A chegada ao término de uma existência, condiciona a volta aos planos espirituais, para a averiguação do aproveitamento no labor no estudo, nas provas e nas experimentações. Um curso valioso faz a alma no corpo denso.

Sob a tutela do Mundo Espiritual e sob as bênçãos do Pai, ingressa o espírito, múltiplas vezes no escrínio do corpo com a incumbência de crescer e multiplicar a sua estatura espiritual e os seus conhecimentos respectivamente.

A lei o ampara sob várias tutelas, quer no campo físico, quer no plano astral. O aprendiz é envolvido nas vibrações da Luz Superior, porquanto é sempre um filho de Deus Altíssimo a caminho de sua evolução.

Com o estudo das Leis Doutrinárias que nos visitam sob a misericórdia do Alto, sabemos que "a cada um é dado segundo suas obras”. Lei de compensação e justiça emanada dos Altos Planos.

Ao espírita acostumado ao estudo do Evangelho à luz do Consolador, cabe restaurar em toda a sua pureza e verdade, as condições do desenlace físico, para que o espírito imortal se aperceba de sua responsabilidade face às leis sábias e eternas.

Cabe ao espírita o comportamento exemplar junto aqueles que deixam o corpo, levando-lhes a prece sincera, a gratidão de companheiros e o silêncio caridoso sob quaisquer circunstâncias.

Ao espírita, cabe informar, sistematicamente, sobre a misericórdia de Deus com relação aos seus filhos, que não os condena, mas ampara, consola, redime e reajusta sempre que preciso.

A desencarnação é acontecimento sublime para os Planos Maiores, quando a alma liberta do cativeiro terreno se apresta ao vôo espiritual, coroando-se de luzes pelo merecimento adquirido.

Estudemos o Evangelho de Senhor, alcemos-nos à Fonte Excelsa da Luz meditando sobre os acontecimentos que nos cercam, formando a visão exata para nossa mente em evolução e vivendo de acordo com a Vontade Suprema que nos dirige os passos para as regiões infinitas da Eterna Claridade, através de várias existências.

Busquemos Luz, cientes de que "a cada um será dado de acordo com suas obras".

Trabalhemos por implantar na Terra a serenidade a submissão às Leis Soberanas, ajustando-nos à Vontade excelsa do Criador.

Que Ele nos abençoe.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

MENSAGEM DA SEMANA



Luzes do milênio


Periodicamente, a bondade de Deus remete à Terra focos de luz, que banham a Humanidade com suas presenças.

Não falamos de Jesus, desde que Ele é o próprio centro da História, dividindo as águas do pretérito de desacertos humanos da época das luzes dos Seus ensinos.

Mas nos recordamos do jovem de Tarso, de nome Paulo. Jovem e ardoroso pregador da lei de Moisés que, após o encontro com Jesus, na estrada de Damasco, torna-se o evangelizador dos gentios.

Graças às suas viagens, seu destemor, tornou o Evangelho conhecido em larga parte do mundo de então, chegando até à Macedônia, pregando na Roma dos Césares, colaborando eficazmente na propagação dos ensinos do Cristo.

Agostinho de Hipona que, após os anos desorientados da sua juventude, em que cometeu tolices, abraça o Evangelho e dá testemunho de sua fé, em um período de convulsão histórica.

Ele chegou a afirmar que estava convencido de que sua mãe, desencarnada, o viria visitar e revelar o que aguarda os homens para além dos portais do túmulo, numa antevisão do que viria mais tarde ensinar a Doutrina Espírita.

Francisco de Assis, na Idade Média, vem falar ao povo da doutrina clara e simples do Cristo, remetendo os homens de retorno às fontes primitivas do Cristianismo.

Ao seu lado, o suave vulto de Clara, jovem filha da nobreza de Assis, que se volta para os seus irmãos hansenianos, paupérrimos e abandonados pelo preconceito da ignorância então vigente.

No terreno da música, Mozart traduz as vozes dos céus em melodias de cristalina sonoridade, enquanto Leonardo da Vinci e Michelângelo imortalizam a beleza na pintura, na escultura, em versos de cores e formas perfeitas.

Na ciência e na filosofia despontam missionários da têmpera de Einstein, Pasteur, Voltaire.

Dos mais recentes recordamos Gandhi, o apóstolo da não­-violência, que provou com o sacrifício de sua vida o que demonstrou Jesus há mais de dois mil anos, ou seja, que o amor triunfa sobre a guerra e a morte.

Ante tantas bênçãos, é bom nos questionemos o que estamos delas fazendo e de que maneira temos retribuído o amor e a compaixão de nosso Pai.

Permita Deus que saibamos merecer tantas dádivas, mostrando-nos dignos da Sua imensa bondade e sabedoria.

* * *

Michelângelo, ao acabar de talhar no mármore a figura de Moisés, contemplou emocionado o trabalho e, ante a perfeição das linhas que o faziam parecer vivo, bateu com seu instrumento de trabalho no joelho da estátua, ordenando:

Parla , que quer dizer, no idioma italiano: Fala.

Mozart jamais fazia rascunhos das pautas das suas composições.

É como se nelas traduzisse algo que sua alma captava nos arcanos do invisível, surgindo a obra, desde o primeiro momento, primorosa, limpa, sem necessidade de rasuras ou emendas posteriores.


Redação do Momento Espírita com base no artigo
As luzes do milênio, publicado no Boletim
SEI nº 1549, de 06/12/1997.

LEMBRAR SEMPRE, NÃO ESQUECER JAMAIS


DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO

http://www.youtube.com/watch?v=BTycEKSMEpU

A Assembleia-geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que proclama o dia 27 de Janeiro dia mundial de evocação das vítimas do Holocausto nazi. O dia foi escolhido por ser a data da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, em 1945.

domingo, 25 de janeiro de 2009

ECOLOGIA


Os limites do capital são os limites da Terra
Na atual crise, a questão principal não é salvar o sistema econômico, e sim a humanidade
Por Leonardo Boff


Uma semana após o estouro da bolha econômico-financeira, no dia 23 de setembro, ocorreu o assim chamado Earth Overshoot Day, quer dizer, "o dia da ultrapassagem da Terra". Grandes institutos que acompanham sistematicamente o estado da Terra anunciaram: a partir deste dia o consumo da humanidade, em 2008, ultrapassou em 40% a capacidade de suporte e regeneração do sistema-Terra. Traduzindo: a humanidade está consumindo um planeta inteiro e mais 40% dele que não existe. O resultado é a manifestação insofismável da insustentabilidade global da Terra e do sistema de produção e consumo imperante. Entramos no vermelho e assim não poderemos continuar porque não temos mais fundos para cobrir nossas dívidas ecológicas.


Esta notícia, alarmante e ameaçadora, ganhou apenas algumas linhas na parte internacional dos jornais, ao contrário da outra que até hoje ocupa as manchetes dos meios de comunicação e os principais noticiários de televisão. Lógico, nem poderia ser diferente. O que estrutura as sociedades mundiais, como há muitos anos o analisou Polaniy em seu famoso livro A Grande Transformação, não é nem a política nem a ética e muito menos a ecologia, mas unicamente a economia. Tudo virou mercadoria, inclusive a própria Terra. E a economia submeteu a si a política e mandou para o limbo a ética.


Até hoje somos castigados dia a dia a ler mais e mais relatórios e análises da crise econômico-financeira como se somente ela constituísse a realidade realmente existente. Tudo o mais é secundarizado ou silenciado.


A discussão dominante se restringe a esta questão: que correções importa fazer para salvar o capitalismo e regular os mercados? Assim poderíamos continuar as usual a fazer nossos negócios dentro da lógica própria do capital que é: quanto posso ganhar com o menor investimento possível, no lapso de tempo mais curto e com mais chances de aumentar o meu poder de competição e de acumulação? Tudo isso tem um preço: a dilapidação da natureza e o esquecimento da solidariedade geracional para com os que virão depois de nós. Eles precisam também satisfazer suas necessidades e habitar um planeta minimamente saudável. Mas, esta não é a preocupação nem o discurso dos principais atores econômicos mundiais mesmo da maioria dos Estados, como o brasileiro que, nesta questão, é administrado por analfabetos ecológicos.


Poucos são os que colocam a questão axial: afinal, se trata de salvar o sistema ou resolver os problemas da humanidade? Esta é constituída em grande parte por sobreviventes de uma tribulação que não conhece pausa nem fim, provocada exatamente por um sistema econômico e por políticas que beneficiam apenas 20% da humanidade, deixando os demais 80% a comer migalhas ou entregues à sua própria sorte. Curiosamente, as vitimas que são a maioria sequer estão presentes ou representadas nos foros em que se discute o caos econômico atual. E pour cause, para o mercado são tidos como zeros econômicos, pois o que produzem e o que consomem é irrelevante para contabilidade geral do sistema.


A crise atual constitui uma oportunidade única de a humanidade parar, pensar, ver onde se cometeram erros, como evitá-los e que rumos novos devemos conjuntamente construir para sair da crise, preservar a natureza e projetar um horizonte de esperança, promissor para toda a comunidade de vida, incluídas as pessoas humanas. Trata-se sem mais nem menos de articular um novo padrão de produção e de consumo com uma repartição mais equânime dos benefícios naturais e tecnológicos, respeitando a capacidade de suporte de cada ecossistema, do conjunto do sistema-Terra e vivendo em harmonia com a natureza.


Milkahil Gorbachev, presidente da Cruz Verde Internacional e um dos principais animadores da Carta da Terra, grupo ao qual pertenço, advertiu recentemente: Precisamos de um novo paradigma de civilização porque o atual chegou ao seu fim e exauriu suas possibilidades. Temos que chegar a um consenso sobre novos valores. Em 30 ou 40 anos a Terra poderá existir sem nós.


A busca de um novo paradigma civilizatório é condição de nossa sobrevivência como espécie. Assim como está, não podemos continuar. Na última página de seu livro A era dos extremos, diz enfaticamente Eric Hobsbawm: Nosso mundo corre o risco de explosão e de implosão. Tem de mudar. E o preço do fracasso, ou seja, a alternativa para a mudança da sociedade, é a escuridão.


Importa entender que estamos enredados em quatro grandes crises: duas conjunturais – a econômica e a alimentar – e duas estruturais – a energética e a climática. Todas elas estão interligadas e a solução deve ser includente. Não dá para se ater apenas à questão econômica, como é predominante nos debates atuais. Deve-se começar pelas crises estruturais, que se não forem bem encaminhadas, tornarão insustentáveis todas as demais.


As crises estruturais, portanto, são as que mais atenção merecem. A crise energética revela que a matriz baseada na energia fóssil, que movimenta 80% da máquina produtiva mundial, tem dias contados. Ou inventamos energias alternativas, ou entraremos em poucos anos num incomensurável colapso.


A crise climática possui traços de tragédia. Não estamos indo ao encontro dela. Já estamos dentro dela. A Terra já começou a se aquecer. A roda começou a girar e não há mais como pará-la, apenas diminuir sua velocidade ao minimizar seus efeitos catastróficos e adaptar-se a ela. Bilhões e bilhões de dólares devem ser investidos anualmente para estabilizar o clima em torno de 2 a 3 graus Celsius, já que seu aquecimento poderá ficar entre 1,6 a 6 graus, o que poderia configurar uma devastação gigantesca da biodiversidade e o holocausto de milhões de seres humanos.


De todas as formas, mesmo mitigado, este aquecimento vai produzir transtornos significativos no equilíbrio climático da Terra e provocar, nos próximos anos, cerca de 200 milhões de refugiados climáticos, segundo dados fornecidos pelo atual Presidente da Assembléia Geral da ONU, Miguel d'Escoto, em seu discurso inaugural em meados de outubro de 2008. E estes dificilmente aceitarão o veredito de morte sobre suas vidas. Romperão fronteiras nacionais, desestabilizando politicamente muitas nações.


Estas duas crises estruturais vão inviabilizar o projeto do capital. Ele partia do falso pressuposto de que a Terra é uma espécie de baú do qual podemos tirar recursos indefinidamente. Hoje ficou claro que a Terra é um planeta pequeno, velho e limitado que não suporta um projeto de exploração ilimitada.


Em 1961, precisávamos de metade da Terra para atender as demandas humanas. Em 1981, empatávamos: precisávamos de um Terra inteira. Em 1995, já ultrapassamos em 10% de sua capacidade de regeneração, mas era ainda suportável. Em 2008 passamos de 40%, e a Terra está dando sinais inequívocos de que já não agüenta mais. Se mantivermos o crescimento do PIB mundial entre 2-3% ao ano, em 2050 vamos precisar de duas Terras, o que é impossível. Mas, não chegaremos lá. Resta ainda lembrar que entre 1900, quando a humanidade tinha 1,6 bilhões de habitantes, e 2008, com 6,7 bilhões, o consumo aumentou 16 vezes. Se os paises ricos quisessem generalizar para toda a humanidade o seu bem-estar — cálculos já foram feitos — iríamos precisar de duas Terras iguais a nossa.


A crise de 1929 dava por descontada a sustentabilidade da Terra. A nossa não pode mais contar com este fato e com a abundância dos recursos naturais. Nenhuma solução meramente econômica da crise pode suprir este déficit da Terra. Não considerar este dado torna a análise manca naquilo que é a determinação fundamental e a nova centralidade.


Tudo isso nos convence de que a crise do capital não é crise cíclica. É crise terminal. Em 300 anos de hegemonia praticamente mundial, esse modo de produção com sua expressão política, o liberalismo, destruiu com sua voracidade desenfreada as bases que o sustentam: a força de trabalho, substituindo-a pela máquina, e a natureza, devastando-a a ponto de ela não conseguir, sozinha, se auto-regenerar. Por mais estratagemas que seus ideólogos vindos da tradição marxista, keynesiana ou outras tentem inventar saídas para este corpo moribundo, elas não serão capazes de reanimá-lo. Suas dores não são de parto de um novo ser, mas dores de um moribundo. Ele não morrerá nem hoje, nem amanhã. Possui capacidade de prolongar sua agonia, mas esgotou sua virtualidade de nos oferecer um futuro discernível. Quem o está matando não somos nós, já que não nos cabe matá-lo, mas superá-lo.


Repetimos: os limites do capitalismo são os limites da Terra. Já encostamos nesses limites, tanto da Terra quanto do capitalismo. A continuar, seremos destruídos por Gaia, pois ela, no processo evolucionário, sempre elimina aquelas espécies que, de forma persistente e continuada, ameaçam a todas as demais. Nós, homo sapiens e demens, nos fizemos, na dura expressão do grande biólogo E. Wilson, o Satã da Terra, quando nossa vocação era o de sermos seu cuidador, guardião e anjo bom.


Para onde iremos? Nem o Papa, nem o Dalai Lama, nem Barack Obama, nem muito menos os economistas nos poderão apontar uma solução. Mas, pelo menos podemos indicar uma direção. Se esta estiver certa, o caminho poderá fazer curvas, subir e descer e até conhecer atalhos. Esta direção nos levará a uma Terra na qual os seres humanos podem ainda viver humanamente e tratar com cuidado, com compaixão e com amor a Terra, Pacha Mama, Nana e nossa Grande Mãe.


Esta direção, como tantos outros já o assinalaram, se assenta nestes cinco eixos: (1) um uso sustentável, responsável e solidário dos limitados recursos e serviços da natureza; (2) o valor de uso dos bens deve ter prioridade sobre seu valor de troca; (3) um controle democrático deve ser construído nas relações sociais, especialmente sobre os mercados e os capitais especulativos; (4) o ethos mínimo mundial deve nascer do intercâmbio multicultural, dando ênfase à ética do cuidado, da compaixão, da cooperação e da responsabilidade universal; (5) a espiritualidade, como expressão da singularidade humana e não como monopólio das religiões, deve ser incentivada como uma espécie de aura benfazeja que acompanha a trajetória humana, pois ancora o ser humano e a história numa dimensão para além do espaço e do tempo, conferindo sentido à nossa curta passagem por este pequeno planeta.


Devemos crer, como nos ensinam os cosmólogos contemporâneos, nas virtualidades escondidas naquela energia de fundo da qual tudo provém, que sustenta o universo, que atua por detrás de cada ser e que subjaz a todos os eventos históricos e que permite emergências surpreendentes. É do caos que nasce a nova ordem. Devemos fazer de tudo para que o atual caos não seja destrutivo, mas criativo. Então sobrevivemos com o mesmo destino da Terra, a única casa comum que temos para morar.

sábado, 24 de janeiro de 2009

ENDOMETRIOSE



Ystatille Gondim, especial para O Globo Online


A modernidade está expondo um maior número de mulheres à endometriose. No Brasil, cerca de 15% da população feminina em atividade reprodutiva é vítima da doença. Em recente congresso realizado na Austrália, o Brasil foi citado como referência mundial no tratamento da enfermidade. Especialistas na patologia apontam os avanços no estudo e os cuidados no controle da doença.


" A mulher moderna menstrua mais, o que acentua os riscos de endometriose (Maurício Abrão) "
A endometriose ocorre quando o endométrio é implantado fora do útero, o que gera um quadro inflamatório nas partes atingidas pelo tecido. Entre os sintomas da doença estão: fortes cólicas menstruais, infertilidade, dores durante a relação sexual e alteração urinária durante a menstruação. Os indícios podem ser descobertos durante diagnóstico clínico ou a partir de exames de imagem, como ultra-som e ressonância magnética. Para as curiosas em saber como a doença é desenvolvida no organismo, Renato Ferrari, médico ginecologista e doutor em Ciências Morfológicas pela UFRJ, explica:


- A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de tecido endometrial fora do útero. Esse endométrio ectópico (fora de seu lugar) sofre as modificações mensais causadas pela ação dos hormônios sexuais, levando a um quadro inflamatório nos locais em que esses focos se encontram, podendo inclusive ocasionar sangramentos, fazendo surgir por exemplo cistos de ovário chamados endometriomas. - relata o especialista.


Antigamente, a endometriose atingia mulheres entre 30 e 40 anos. Hoje, com a chegada precoce da puberdade, esta patologia já aparece em pessoas mais jovens. Mas por que a doença tem atingido tanto as mulheres modernas? Segundo o Presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose, Maurício Abrão, uma das grandes causas é o fato delas menstruarem mais.


-" A mulher moderna tem menos filhos, o que a faz menstruar mais. Isso gera mais possibilidades do sangue voltar às cavidades uterinas e acentuar os riscos de endometriose. - comenta Abrão, um dos contemplados no prêmio trienal Rudolphe Maheux com estudo sobre endometriose. Pílulas combinadas são alternativas terapeuticas no tratamento da endometriose (Maurício Abrão) "


O médico Vilmon de Freitas, coordenador do setor de Reprodução Humana do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (Unifesp-EPM), alerta para outros tipos específicos de mulheres que estão mais pré-dispostas à terem endometriose, como as “ruivas, as consumidoras de cigarro e álcool e as longelíneas”. De toda forma, a mulher, ainda que não esteja entre as citadas pelos especilalistas, deve fazer visitas periódicas ao ginecologista e estar atenta ao quadro de sintomas que pode se manifestar, principalmente no período menstrual.Prevenção e tratamento


As consultas regulares ao ginecologista permitem a paciente uma melhor prevenção e controle da endometriose. O diagnostico é feito com avaliação clínica. A doença, quando diagnosticada cedo, pode ser controlada com pílulas anticoncepcionais ou com outros métodos que fazem uso do hormônio progesterona. Em casos mais avançados, os especialistas chegam a utilizar métodos cirúrgicos.


- O procedimento cirúrgico mais indicado é a laparoscopia, pois ele permite visualizar os pontos afetados e neles fazer a intervenção necessária a partir de pequenas incisões abdominais. As pílulas combinadas ou o DIU (dispositivo intra-uterino) medicados com progesterona são alternativas terapêuticas para o tratamento da endometriose - explica o especialista Maurício Abrão.


Nos casos de infertilizade, o tratamento é direcionado na tentativa da mulher engravidar. Já na endometriose da cicatriz umbilical e da cicatriz cirúrgica, a simples retirada cirúrgica da lesão é suficiente.


Endometriose, saiba mais pelo site: http://www.endometriose.org.br/

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

MENSAGEM DA SEMANA


No Grande Caminho


Quem pesa palavras e atos, não sofre o peso do remorso tardio.

Quem escuta os avisos da consciência, não sofre aferição de atitudes nos tribunais da Lei.

Quem cede ao dever o melhor patrimônio que possui, não se consome em amargas recordações.

Quem desbrava trilhas para a fraternidade sublime, desconhece o frio crucial da solidão.

Quem aprende a identificar o bem, amplia os recursos da visão e descortina sempre horizontes iluminados.

Quem não receia ser examinado pelas convenções humanas, e prossegue servindo intimorato ao amor infatigável, ignora problemas de consciência.


Quem ama a Terra como uma escola para os espíritos, encontra no Cosmo a Universidade do amor.

Quem atende a retidão do Evangelho, enxerga nos pervertidos companheiros enfermos no hospital do Tempo.

Quem acredita em solidariedade, tem sempre algo para oferecer.

Quem comunga com Jesus Cristo, servindo ao próximo, encontra nos outros o próprio Senhor de braços abertos comungando com Ele.


Divaldo Franco- Marco Prisco

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

ESPERANÇAS DE PAZ


Barack Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos e tomou posse neste 20 de janeiro de 2009.
Aos 47 anos, ele torna-se o primeiro negro a governar o país, ao derrotar o rival republicano John McCain. Depois de oito anos do governo republicano de George W. Bush, os norte-americanos aceitaram a proposta repetida pelo novo eleito. Bradando lemas como "Precisamos de mudança", Obama substituirá um líder que chegou a ser aclamado pelo pulso firme na guerra antiterrorismo, mas que deixou o posto desgastado por duas guerras, além da recente crise financeira.
Apesar de a economia em colapso ser a prioridade do novo governo, Obama promete, entre outras medidas, estabelecer novos padrões na política internacional.
O fim da guerra do Iraque é uma das principais metas, além de ações diplomáticas no Oriente Médio, que incluem o diálogo com Irã e Síria e o fechamento da prisão de Guantánamo em Cuba.
As tropas norte-americanas devem se limitar ao Afeganistão, no combate à Al Qaeda.
No plano econômico, Obama terá a dura missão de cumprir os prometidos cortes de impostos à classe média.
O democrata deixou claro que não se serviria da questão racial durante sua campanha, mas a candidatura dele empolgou os negros, que formam cerca de 12% da população norte-americana.
A questão racial apareceu algumas vezes, entre elas durante as prévias do Partido Democrata, nas quais Obama derrotou a ex-primeira-dama Hillary Clinton. Tratando da polêmica, Obama pediu o fim dos conflitos raciais em discurso.
Nascido em 4 de agosto de 1961, em Honolulu, Havaí, Barack Obama é casado com Michelle, com quem tem duas filhas, Malia e Natasha.
Filho de um queniano e uma norte-americana do Kansas, Obama tem parte da família ainda na África.
Na infância, viveu durante anos em Jacarta (Indonésia) após o divórcio dos pais e o novo casamento da mãe.
Aluno de Harvard, Obama foi o primeiro negro a presidir a prestigiosa revista universitária "Harvard Law Review" e, em 2004, tornou-se o primeiro negro a ser eleito no Senado.

ORAÇÃO PELA PAZ DO MUNDO



" Senhor! Sabemos da nossa impotência diante do ódio e da vingança que armam bombas e mãos criminosas.

Mas nós cremos na Vossa justiça soberana que impera em todo o universo, mantendo o direito e a dignidade de viver a todos os Vossos filho, e a todos os seres da criação.

Senhor! Compreendemos a nossa fragilidade diante de tanta violência, que faz derramar o sangue de crianças e mulheres indefesas, espalhando a morte e o terror.

Mas nós cremos na extensão de Vossa infinita misericórdia, ao determinar que a vida continue fecundando úteros, povoando a Terra com o sorriso inocente das crianças.

Senhor! Assistimos, estarrecidos, à total negação da mensagem de amor vivida pelo Meigo Rabi da Galiléia, vendo a crueldade afiando baionetas assassinas, bombas arrasando os campos floridos e calando as aves dos céus.

Mas nós cremos na Vossa eterna bondade, que ordena ao sol e à chuva fertilizarem o solo arrasado e destruído; ao verde colorir os campos abençoados; às flores enfeitarem os jardins; e os pássaros de novo cantarem pelo infinito dos céus.

Essa oração é o grito de nossa alma, na certeza de que nos ouvis neste momento, porque sabemos que criastes o homem para ser feliz, para amar, para abraçar seus irmãos, para viver em paz!

Porque cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é Vossa a vontade os canhões se calarem para sempre, é que rogamos a Vossa generosidade que inspire os homens a serem verdadeiros irmãos sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade!

Assim seja, porque a Vós pertencem a vida e o poder para sempre!"


Gerson Simões Monteiro

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

PALESTINA


Nas últimas semanas, para sermos mais exatos, desde 27 de dezembro de 2008, houve um acirramento no conflito na região da Palestina, entre árabes e judeus.

Entendendo um pouco a história na região:

No ano 70 DC, os romanos destruíram Jerusalém, expulsando judeus que residiam na região, fazendo com que estes fossem para países na Ásia Menor e sul da Europa.
Este fato recebeu o nome de Diáspora, que significa dispersão de qualquer povo ou etnia pelo mundo de forma forçada ou incentivada.
De acordo com a Bíblia, Diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá com Deus, o que fez que este os tirasse da terra que lhes prometera e os dispensasse pelo mundo, até que o povo de Israel retornasse para obediência a Deus, onde seriam restaurados como uma nação soberana e senhora do mundo.

Em 638 DC o Império Bizantino conquista a região da Palestina.

De 1517 a 1917 o Império Otomano controla toda a região, incluindo Síria e Líbano.

As raízes remotas do conflito remontam aos fins do séc. XIX, quando colonos judeus começaram a migrar para a região.
Sendo os judeus um dos povos do mundo que não tinham um Estado próprio, tendo sempre sofrido por isso várias perseguições, foram movidos pelo projeto do Sionismo, cujo objetivo era refundar na Palestina um Estado Judeu.
Entretanto, a Palestina já era habitada há séculos por uma maioria mulçumana.
Após o fim do Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial, a região ficou sob administração britânica.

Na Segunda Guerra Mundial, seis milhões de judeus foram exterminados com o Holocausto nos Campos de Concentração Nazistas.
Isso impulsionou a reconstrução de um Estado Judeu próprio na Palestina, depois de dois mil anos de sua saída.

Em 1947 a ONU propõe a divisão da região das terras da Palestina entre judeus e árabes após a saída do protetorado britânico em 1948, e criando assim o Estado de Israel e o Estado da Palestina.
De acordo com este plano, a cidade de Jerusalém seria um território administrado internacionalmente pela própria ONU, pois esta cidade é considerada sagrada para mulçumanos, judeus e cristãos.
No entanto, os países árabes não reconheceram a criação deste Estado e prometeram invadi-lo, logo após a saída das tropas britânicas.

Após a fundação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948, aproximadamente setecentos e onze mil palestinos deslocaram-se da região, fugindo do eminente conflito ou expulsos de suas terras pelos judeus, já que não reconheciam o novo Estado, criando com isto uma grande onda de refugiados que se abrigaram nos países vizinhos, Faixa de Gaza e Cisjordânia.

Com a não absorção dos árabes palestinos pelos países árabes e a não criação de um Estado Palestino, os árabes palestinos se autoconstituíram povo e passaram a exigir o seu retorno às suas casas.
E a dúvida é se estes refugiados palestinos algum dia poderiam retornar para seus antigos lares, complicando ainda mais as conversações entre as partes envolvidas.

Neste atual conflito de 22 dias de bombardeios, somam-se 400 crianças mortas, 5 mil residências destruídas, 20 mil edificações atingidas, 5.700 feridos e 1250 mortes.

Precisamos lutar pela Paz, pela Paz no mundo, mas a Paz despojada do orgulho, egoísmo e poder.
Não se pode mais permitir tanta intolerância entre povos, onde o ódio cega e este comanda o rumo de uma nação, sacrificando vítimas inocentes.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

DIVÓRCIO


"O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina." (Item 5, do Cap. XXII, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".)

Partindo do princípio de que não existem uniões conjugais ao acaso, o divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre as criaturas.
É aí, nos laços matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se operam burilamentos e reconciliações endereçados à precisa sublimação da alma.
O casamento será sempre um instituto benemérito, acolhendo, no limiar, em flores de alegria e esperança, aqueles que a vida aguarda para o trabalho do seu próprio aperfeiçoamento e perpetuação. Com ele, o progresso ganha novos horizontes e a lei do renascimento atinge os fins para os quais se encaminha.
Ocorre, entretanto, que a Sabedoria Divina jamais institui princípios de violência, e o Espírito, conquanto em muitas situações agrave os próprios débitos, dispõe da faculdade de interromper, recusar, modificar, discutir ou adiar, transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça.
Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida do Espírito, antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas. Reconduzida, porém, à ribalta terrestre e assumida a união esponsalícia que atraiu a si mesma, ei-la desencorajada à face dos empeços que se lhe desdobram à frente. Por vezes, o companheiro ou a companheira voltam ao exercício da crueldade de outro tempo, seja através de menosprezo, desrespeito, violência ou deslealdade, e o cônjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos processos de dilapidação moral de que é vítima.
Compelidos, muita vez, às últimas fronteiras da resistência, é natural que o esposo ou a esposa, relegado a sofrimento indébito, se valha do divórcio por medida extrema contra o suicídio, o homicídio ou calamidades outras que lhes complicariam ainda mais o destino. Nesses lances da experiência, surge a separação à maneira de bênção necessária e o cônjuge prejudicado encontra no tribunal da própria consciência o apoio moral da auto-aprovação para renovar o caminho que lhe diga respeito, acolhendo ou não nova companhia para a jornada humana.
Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em tempo algum, competindo-nos tão-somente, nesse sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos casamentos de provação, a fim de que se sobreponham às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as duras etapas de regeneração ou expiação que rogaram antes do renascimento no Plano físico, em auxílio a si mesmos; ainda assim, é justo reconhecer que a escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito de torturar ninguém, à face das leis eternas.
O divórcio, pois, baseado em razões justas, é providência humana e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica.
Efetivamente, ensinou Jesus: "não separeis o que Deus ajuntou", e não nos cabe interferir na vida de cônjuge algum, no intuito de arredá-lo da obrigação a que se confiou. Ocorre, porém, que se não nos cabe separar aqueles que as Leis de Deus reuniu para determinados fins, são eles mesmos, os amigos que se enlaçaram pelos vínculos do casamento, que desejam a separação entre si, tocando-nos unicamente a obrigação de respeitar-lhes a livre escolha sem ferir-lhes a decisão. (Emmanuel - Vida e Sexo - Chico Xavier).

NÃO SEPAREIS O QUE DEUS JUNTOU EVANGELHO-CAP XXII




NÃO PERTURBEIS






''Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem''-Jesus ( Mateus, 19:6.)






A palavra divina não se refere apenas aos casos do coração. Os laços afetivos caracterizam-se por alicerces sagrados e os compromissos conjugais ou domésticos sempre atendem a superiores desígnios. O homem não ludibriará os impositivos da lei, abusando de facilidades materiais para lisonjear os sentidos. Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos, desorganizará a própria existência. Os princípios equilibrantes da vida surgirão sempre, corrigindo e restaurando...
A advertência de Jesus, porém, apresenta para nós significação mais vasta.
''Não separeis o que Deus ajuntou'' corresponde também ao ''não perturbeis o que Deus harmonizou''.
Ninguém alegue desconhecimento do propósito divino. O dever, por mais duro, constitui sempre a Vontade do Senhor. E a consciência, sentinela vigilante do Eterno, a menos que esteja o homem dormindo no nível do bruto, permanece apta a discernir o que constitui obrigação e o que representa fuga”.
O Pai criou seres e reuniu-os. Criou igualmente situações e coisas, ajustando-as para o bem comum.
Quem desarmoniza as obras divinas, prepare-se para a recomposição. Quem lesa o Pai, algema o próprio eu”aos resultados de sua ação infeliz e, por vezes, gasta séculos, desatando grilhões...
Na atualidade terrestre, esmagadora percentagem dos homens constitui-se de milhões em serviço reparador, depois de haverem separado o que Deus ajuntou, perturbando, com o mal, o que a Providência estabelecera para o bem.
Prestigiemos as organizações do Justo Juiz que a noção do dever identifica para nós em todos os quadros do mundo. Às vezes, é possível perturbar-lhe as obras com sorrisos, mas seremos invariavelmente forçados a repará-las com suor e lágrimas.

Caminho,Verdade eVida -Francisco Cândido Xavier- Espírito Emmanuel













SAÚDE


Para a pesquisadora, a saúde dos adolescentes é um desafio, já que há dificuldade em relação ao acesso a informações e serviços adequados para o atendimento das necessidades em saúde sexual e reprodutiva
O estudo sugere a inclusão das adolescentes sexualmente ativas no Programa de Controle do Câncer de Colo Uterino, visando à detecção precoce das lesões. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ocorrem aproximadamente 510 mil novos casos anualmente da doença, com 288 mil óbitos.
O colo do útero é o segundo local mais comum de instalação do câncer entre as mulheres a nível mundial. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ocorrem aproximadamente 510 mil novos casos anualmente da doença, com 288 mil óbitos por ano. Devido ao aumento no número de jovens infectadas pelo HPV, vírus que causa as lesões precursoras do câncer no colo do útero, a ginecologista Denise Monteiro, doutora em saúde da criança e da mulher pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF), uma unidade da Fiocruz, sugere, após a conclusão de sua pesquisa, a inclusão das adolescentes sexualmente ativas no Programa de Controle do Câncer de Colo Uterino, visando à detecção precoce das lesões. Em seu estudo, realizado sob a orientação do Programa de Pós-Graduação do IFF, a médica mostra que, um ano após o início da vida sexual, quase uma em cada quatro delas já apresenta lesões causadas por HPV, alcançando 40% em cinco anos de vida sexual.
A pesquisa ocorreu entre 1993 e 2006 no Hospital de Jacarepaguá, instituição pública na cidade do Rio de Janeiro, pertencente ao Ministério da Saúde, onde a autora coordena o Setor de Ginecologia para Adolescentes desde a sua criação, em 1993. Para estudar a incidência, o prognóstico e o tipo de lesões, a pesquisadora acompanhou 403 adolescentes durante cinco anos após o início da atividade sexual, das quais 147 apresentaram alterações citológicas. Neste período, a médica pode observar ainda a incidência de 24,1% de lesões cervicais no primeiro ano de atividade sexual e a redução nos quatro anos subseqüentes, com variação entre 3 e 8%, mostrando que a maioria das lesões, assim como em outras faixas de idade, regride com o tempo.
A pesquisadora explica que grande parte dos casos de infecção por HPV não causa sintomas. Entretanto, nos casos persistentes, pode levar ao desenvolvimento de lesões que antecedem o câncer do colo do útero. “Felizmente, confirmamos grande taxa de regressão dessas lesões, mesmo nos casos de lesões de alto grau, que alcançou 50%. No Brasil, estima-se que 3% das mulheres infectadas por um tipo viral oncogênico poderá desenvolver câncer de colo uterino quando não são adotadas medidas preventivas”, destaca Denise.
A estimativa do Inca é que se possa reduzir 80% da mortalidade por câncer cervical pelo rastreamento adequado da doença com o teste de Papanicolaou e tratamento das lesões com alto potencial de evoluírem para malignidade. “Como o primeiro contágio com o HPV ocorre mais freqüentemente no início da vida sexual, do mesmo modo que a maioria das doenças sexualmente transmissíveis, a prevalência do vírus entre os jovens é maior”, explica a médica.
Para Denise, a saúde dos adolescentes constitui grande desafio para a saúde pública, uma vez que ainda há dificuldade em relação ao acesso a informações e serviços adequados para o atendimento de suas necessidades em saúde sexual e reprodutiva. “Nosso trabalho reforça a importância da detecção precoce das lesões, o que seria viabilizado pela inclusão das adolescentes sexualmente ativas nos programas de rastreamento, minimizando o impacto sobre sua saúde sexual e reprodutiva”, destaca a pesquisadora.
*
Matéria de Roberta Monteiro, da Agência Fiocruz de Notícias.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

MENSAGEM DA SEMANA


Prosseguindo


“Prossigo para o alvo...” – Paulo. (Filipenses, 3:14.)


Encontras o semblante amargo da solidão no momento em que as circunstâncias te compelem a deixar o conhecido.
Supõe que a construção de toda a existência desaba sobre ti mesmo, como se a ausência da moldura familiar te rasgasse o quadro da própria alma.

Corações amigos, atraídos por outras sendas, abandonaram-te os ideais; pessoas queridas deixaram-te a sós; aposentaram-te a distância do trabalho de muitos anos, ou a morte, de passagem, ceifou o sorriso dos companheiros que te eram mais caros...

Sentes, por vezes, que estás deixando para trás tudo o que te parece mais valioso, entretanto, não mais é verdade.

Basta jornadeies corajosamente adiante e, buscando expressar-te em novas formas, reconhecerás que o amor e o trabalho são mais belos em teu caminho.

Compreenderás, então, que podes adicionar novas parcelas de alegria à felicidade dos que mais amas e que podes servir com mais entendimento às aspirações que te inspiram a marcha.

Se a vida te apresenta a fisionomia triste da solidão, recorda a própria imortalidade e não te detenhas.

O menino deixa a infância para entrar na mocidade, o jovem deixa a mocidade para entrar na madureza, o adulto deixa a madureza para entrar na senectude e o ancião deixa a extrema velhice para entrar no mundo espiritual, não como quem perde os valores adquiridos, mas sim prosseguindo para o alvo que as Leis de Deus nos assinalam a cada um...

Do livro Palavras de Vida Eterna. Psicografia de Francisco Cândido Xavier/ Emmanuel
" NUNCA TE ESQUEÇA A BONDADE NO DESEMPENHO DE QUALQUER OBRIGAÇÃO. "

( Irmã Cipriana "No Mundo Maior"- André Luiz )

Chico Xavier

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"... se eu dispusesse de autoridade, rogava aos homens que estão arquitetando a construção do Terceiro Milênio que colocassem no portal da Nova Era as inolvidáveis palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: -"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei".

Allan Kardec

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